Cooktop: indução ou a gás?

Cooktop é o que há de mais moderno na cozinha do século XXI, em termos de fogão, de usabilidade de espaço, da praticidade e do design. Eles chamam a atenção e instigam a curiosidade, porque são basicamente uma placa de vidro ou de cerâmica, com cerca de 70 cm de largura x 40 cm de profundidade 10 cm de altura, que emite calor, por meio de suas bocas, ou diretamente de ondas eletromagnéticas que aquecem as panelas.

Entretanto, a nova tecnologia também traz dúvidas sobre eficiência, segurança e relação custo-benefício. Por exemplo, os modelos a gás gastam a mesma quantidade de combustível dos fogões tradicionais, porém, exigem muito cuidado em relação ao aquecimento da placa. Por outro lado, os por indução são seguros, mas consomem muita energia elétrica. Pensando nesses prós e contras, aqui oferecemos para você um comparativo entre os cooktops a gás e por indução. Vamos lá?

 

As diferenças entre as fontes alimentadoras

Modelos a gás se assemelham à forma de preparo da cozinha tradicional, lembrando os padrões de um fogão para camping, com bico de gás, grades para apoio de panela. Agora, os por indução são diferentes de todos os sentidos, por exemplo, na aparência, sem botões, com painéis digitais, círculos demarcadores da posição das panelas e alimentação por energia elétrica.

Nesse contexto, você deve estar imaginando que a diferença mais importante entre os dois será o impacto nas despesas básicas de sua casa. E você está correto. Note que, atualmente, o gás é um combustível mais econômico. Contrariamente, a energia elétrica que sofre constantes reajustes, especialmente nas estações secas do ano, quando Aneel aciona bandeira vermelha. Sendo assim, como os fornos micro-ondas, os cooktops por indução consomem muita energia, e isso associado ao preço do kWh encarece a conta de energia mensal.

Mas ainda existem outros elementos que os diferenciam e devem ser levados em conta no momento de fazer a aquisição de um para a sua cozinha.

 

A GÁS

Como foi dito acima, eles se assemelham aos fogões tradicionais, inclusive em relação aos requisitos necessários para instalação, logo, será necessário ter o kit instalação com mangueira de gás ou registro para o encanamento de gás liquefeito de petróleo (GLP). Nesse sentido, a instalação é barata, porque as cozinhas são preparadas para receber esse tipo de eletrodoméstico a gás.

Em relação a outras vantagens desse modelo, a adaptação dele quase imediata, se houver a bancada para que ele seja acoplado. Também é um eletrodoméstico de investimento é baixo, visto seu valor de mercado em comparação aos seus irmãos que funcionam por eletricidade.

Outro ponto, é que não é preciso investir em panelas apropriadas, isto é, aquela antiga pode ser utilizada normalmente nos modelos a gás, o que não ocorre nos modelos por indução.

Além disso, eles se destacam pela versatilidade, porque as bocas são instaladas de maneira que não fiquem tão distantes umas das outras. Assim, é possível aquecer recipientes grandes e, consequentemente, preparar pratos com quantidades maiores, ou que requerem panelas de pressão grandes como aves e peças de carnes.

Sobre suas desvantagens, talvez o maior problema ainda seja o fogo. Se sua residência tem crianças, ou seu negócio á área da cozinha é restrita, todo cuidado é pouco. E, como qualquer aparelho a gás, uma vez instalado em um local fixo, fica complicado removê-lo. Lembre-se de que cooktops são postos em bancadas, em cozinhas planejadas, e se você adora modificar o ambiente, esse não é o modelo mais indicado.

 

POR INDUÇÃO

A maior qualidade dos modelos por indução é a presença de uma tecnologia preocupada com a economia, a inteligência e a segurança. Nesse sentido, o aquecimento por indução reduz drasticamente os riscos de acidentes com queimaduras, porque o aparelho funciona somente se determinado tipo de material for colocado em contato com sua superfície. O interessante é que o processo de aquecimento é parecido com o utilizado pelos micro-ondas, por meio de emissões de ondas eletromagnéticas, isso significa que a única fonte de calor é a panela. Em outras palavras, o restante da área de contato permanece fria.

Em relação a rapidez e a precisão, eles são inquestionáveis e superiores aos modelos a gás. Existem modelos por indução capazes de aquecer, por exemplo, 1L de água em 2 minutos 40 segundos, ou seja, quase a metade do tempo que um modelo a gás levaria para realizar o mesmo processo. Além disso, a regulagem precisa da indução é fundamental para receitas exigentes na temperatura de preparo.

Em relação ao design, são um espetáculo à parte. Imagine você recebendo os convidados em sua cozinha, preparando aquela receita “segredo de família” em cima de uma placa de vidro, e sem fogo. É como se estivesse na cozinha dos Jetsons.

Entretanto, todo esse conforto e modernidade tem um preço, eles são os mais caros da categoria de eletrodoméstico em que se enquadram. Outro ponto, como já assinalado na introdução, é o gasto com energia. Mesmo com a tecnologia controladora de desperdício as funções de “desligamento em temperatura programada”, “manter o alimento aquecido”, o aumento do consumo de energia será visível.

Destaca-se também a necessidade de utensílios específicos, e nesse sentido, percebe-se uma compra casada. Isso porque modelos por indução exigem panelas com fundo triplo, desenvolvidas para o aquecimento por indução. Podem ser de cerâmica ou inox, mas precisam ser específicas para esse tipo de aparelho.

 

VALE INVESTIR?

Sim! Embora a aquisição de um cooktop seja um investimento interessante, ainda assim é importante ficar atento no momento da compra. Por fim, você deve ter notado que encontrar defeitos nos dois modelos aqui comentados não é tarefa fácil, porque as deficiências de cada um são compensadas por diversas qualidades. Então, como escolher? Acreditamos que o mais importante para se ponderar no momento da compra é avaliar o impacto nas despesas mensais, e a preocupação com a segurança, uma vez que ambos afetarão o seu bem-estar e de sua família.