FORNO ESTEIRA A GÁS OU ELÉTRICO: QUAL É O MELHOR?

É unânime entre os proprietários de fornos esteira que eles elevam significativamente a produtividade. Atualmente, para pizzas, ele é o mais potente do mercado, sendo o mais recomendado para otimização de espaço, já que permite empilhamento, por exemplo. Entretanto, uma dúvida muito comum entre os empreendedores do ramo alimentício é a escolha de equipamentos que aumentem o lucro sem comprometer os custos do negócio. E sobre esse aspecto, os modelos esteira não ficam de fora.

Fornos esteira são ideais para pizzarias, porém eles aceitam o preparo de outras massas – esfirras, pães e tortas – e, por isso, o tipo de forno e a propriedade de cada um definirá o sucesso do empreendimento. Por isso, pensar em economia somente no ato da compra de um forno é uma estratégia muito arriscada.

Nesse sentido, ainda que os fornos a esteira sejam os mais caros, a produtividade deles é incrível, pois a depender do modelo, é possível preparar cerca de 120 pizzas por hora. Nessa categoria de fornos, as marcas adaptaram seus tipos para trabalharem a gás, mas existem paradigmas sobre a eficiência deles e dos elétricos, que aqui apresentaremos com o objetivo de desmistificar esse tema.

 

ESTRUTURA DOS MODELOS A GÁS

Estruturalmente, independe do modo de aquecimento, a gás ou elétrico, todo forno esteira demanda um ponto de eletricidade. Já, os a gás necessitam de um ponto de abastecimento, como o encanamento para o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), e de um sistema de exaustão.

 

VANTAGENS

Em relação às vantagens, talvez a única – em comparação aos modelos elétricos – seja o custo-benefício positivo em produções contínuas, isso se ligado por, pelo menos, oito horas diárias em temperatura fixa. Nesse sentido, eles são realmente mais econômicos que os elétricos, devido ao longo tempo de uso e a necessidade de consumo prolongado do combustível.

 

DESVANTAGENS

Sobre as desvantagens dos modelos a gás, estes precisam de adaptações do local onde serão instalados. Logo, é obrigatório preparar o estabelecimento para receber o sistema de abastecimento a gás.

 

Outro ponto é o tempo de aquecimento que costuma ser elevado, principalmente para os estabelecimentos com grande demanda. Comparado ao modelo elétrico, são mais lentos, já que demoram cerca de 20 minutos para atingirem a temperatura ideal (somando-se mais alguns minutos até se estabilizarem). Além disso, modelos a gás para potencializarem a eficiência, necessitam de longo tempo de funcionamento, uma vez que demandam muito tempo para retornar à temperatura de funcionamento adequada da câmara, o que inevitavelmente refletirá no aumento do consumo do gás.

 

MODELOS ELÉTRICOS – VANTAGENS

Dentre suas vantagens, o primeiro aquecimento é infinitamente mais rápido do que o observado no modelo anterior. Contudo, destacam-se principalmente em produções intermitentes. Nesse sentido, eles são os melhores adaptados, ou seja, as produções levam a paradas obrigatórias e ao desaquecimento do forno.

Diante disso, apresentam câmaras independentes podem ser acionadas de acordo com a demanda. Assim, fornos esteira elétricos se comportam muito bem em estabelecimentos com variação da quantidade produzida durante o dia, porque não precisam ser mantidos ligados constantemente, aquecem mais rápido que os modelos a gás, e não exigem consumo elevado de energia.

 

DESVANTAGENS

Sobre as desvantagens, realmente os modelos elétricos não são os melhores em produções contínuas e registram alto consumo de energia. Mais um aspecto para o qual se deve ter atenção: a manutenção é mais frequente que os modelos a gás. As peças sofrem mais com o trabalho em altas temperaturas, tendendo a maior desgaste e, consequentemente, leva esses fornos a terem de passar por mais revisões.

Por isso, é muito importante que eles tenham instalação exclusiva, como o objetivo de evitar as oscilações da rede elétrica o que contribuiria para o desgaste do item. Isso significa que ele precisa de estrutura local exclusiva, ou seja, tomadas, disjuntores, rede elétrica, tudo individualizado.  Caso contrário, há grandes chances de problemas com quedas total de energia, e oscilação de temperatura da câmara. Os especialistas sugerem que os horários de pico e, até mesmo, a distância entre forno e o transformador, podem comprometer a eficiência do aparelho e afetar a produtividade.

 

ENTÃO: QUAL É O MELHOR?

O assunto apresenta mitos que precisam ser desmistificados. Primeiramente, a decisão de compra não está entre as mais fáceis, já que o investimento médio é de R $30.000,00, pensando em um modelo duplo. Isso quer dizer então que, talvez, o forno esteira não seja o melhor equipamento para você que está começando. Nesse caso, um forno a gás seria a melhor opção.

E se você realmente precisa de um forno esteira, em relação à decisão entre gás ou eletricidade, a proporção de vendas é cerca de 80% para o forno esteira a gás GLP, para 18% do forno esteira a gás natural e 2% do forno esteira elétrico.

Entretanto, a decisão entre gás ou elétrico não pode ser pautada somente na redução dos custos com a fonte alimentadora. A decisão deve ser tomada com base no tripé: demanda, combustível, tempo de funcionamento do forno. Nesse aspecto, quem já possui um forno esteira afirma que em casos de paradas e retornos da produção, e a necessidade do reaquecimento até a temperatura ótima, os modelos a gás devem ser evitados. Opte, portanto, sempre pelos modelos elétricos, devido ao ajuste fino, rapidez do pré-aquecimento. Além disso, lembre-se de que seu estabelecimento também tem custos com o espaço, os funcionários, a manutenção do estoque, os impostos, água, luz, entre outros.

Agora, um ponto quase sempre esquecido na hora da compra, mas que é um dos aspectos mais problemáticos e não pode ser esquecido: o serviço de assistência técnica não pode ser desconsiderado. Nesse contexto, se seu estabelecimento não é contemplado pela rede de atendimento técnico, ou a empresa tem uma área de cobertura de atendimento pós-venda pequena (por exemplo, se atender somente dentro das grandes capitais), a dor de cabeça é certa. Sendo assim é muito importante considerar o serviço de assistência, caso contrário seu estabelecimento corre grandes riscos de quebrar por falta de manutenção do maquinário.